Continuação da Entrevista a Luis Queirós


Marktest.com: 2002 foi o ano da integração de uma nova empresa no Grupo – a Novadir. Qual o balanço deste primeiro ano de actividade no Grupo?

A Novadir, que em 2003 será maioritariamente participada pela holding, representa a complementaridade da oferta do Grupo, especialmente nas áreas dos estudos farmacêuticos e nos estudos ad’hoc (tanto na vertente quantitativa como qualitativa). Em 2002 a empresa mudou para novas instalações mais amplas e funcionais, reestruturou-se e ganhou balanço para enfrentar o futuro que queremos seja de sucesso e de liderança.

Neste momento a Novadir prepara alguns estudos regulares e está a constituir um painel de médicos, do qual se esperam resultados já em 2003.

Marktest.com: E em relação às empresas associadas, data E e Medialog, como é que elas se inserem na estratégia do Grupo?

A nossa holding tem apenas interesses minoritários nestas duas empresas mas participa e acompanha de perto a sua gestão.

A data E foi convidada a comparticipar nos serviços prestados pela holding e a integrar-se na estratégia do Grupo, mas optou por seguir uma via independente. A data E é hoje uma empresa bem implantada no mercado, com excelentes profissionais, com muito bons produtos e com uma boa carteira de clientes fiéis e satisfeitos. Existe uma boa comunicação entre a data E e as restantes empresas do Grupo, o que tem permitido obter algumas sinergias baseadas no reconhecimento das especializações de cada empresa. Mas, em teoria, e no respeito pela autonomia de gestão, nada impedirá a data E de, no futuro, vir a concorrer com empresas do Grupo ou vice-versa.

A Medialog assumiu em poucos anos uma posição de liderança no mercado nacional e prepara-se para reforçar a sua posição no mercado espanhol. Existe uma complementaridade entre a Medialog e a Markdata e entendemos que uma mais estreita colaboração entre as duas empresas pode ser vantajosa sobretudo para prosseguir uma estratégia de internacionalização da empresa.

Marktest.com: Em 2002 falou-se muito de audiências, sobretudo em audiências de TV. Neste momento, qual é o ponto da situação? Continua a haver contestação?

Desde 1990, ano em que se iniciou a audimetria em Portugal, tem havido maior ou menor contestação do sistema, à semelhança do que ocorre em outros países. Em 2002 a contestação teve características diferentes, o que muito teve a ver com a crise do mercado. Neste momento estão superadas os problemas e o relacionamento com os utilizadores é bom e construtivo.

A audimetria sairá reforçada e melhorada após as alterações que os utilizadores desejam ver introduzidas no sistema de medição de audiências de TV. É urgente agora clarificar o papel da CAEM, entidade a quem cabe o papel fiscalizador do sistema.

Marktest.com: Em 2002 falou-se igualmente bastante da crise do mercado publicitário. Em seu entender, ele dará sinais de retoma em 2003? Se não, quando? Que sectores liderarão a retoma?

A crise do mercado publicitário é conjuntural mas também estrutural. Vive-se no fim de um ciclo e eu acredito que é necessário encontrar novas formas de comunicar. A publicidade tem de ser reinventada para responder eficazmente a públicos mais exigentes, mais informados, mais críticos, mais preocupados com questões ecológicas e ambientais e sobretudo num contexto de uma grande oferta de meios.

A publicidade ainda não se adaptou bem aos novos meios interactivos. A retoma da publicidade será, por isso, não só um processo quantitativo mas também um processo qualitativo. Mas essa retoma vai ser rápida e eu acredito que ela será feita com grande vigor já em 2003.

Marktest.com: Como antevê o ano de 2003 para o Grupo Marktest? Os constrangimentos do mercado podem pôr em causa a viabilidade de algum projecto?

O ano de 2003 será um ano importante para os Estudos de Mercado em geral e, por conseguinte, também para o Grupo Marktest. O mercado ajusta-se em função das alterações na economia: globalização, internet, outsourcing, inteligência, racionalização de custos, são alguns dos ícones que vão influenciar a orientação e a evolução do sector nos próximos anos

No ano que agora se inicia, nós estaremos atentos aos grandes desenvolvimentos, tanto em Portugal como noutros países. Temos uma cultura de internacionalização e de liderança e vamos manter-nos fiéis a estes princípios. No mundo competitivo e global dos nossos dias não se pode estar isolado; por isso, procuraremos, se necessário, fazer as alianças mais convenientes desde que a nossa cultura e a nossa estratégia não sejam postas em causa.

Este ano vamos continuar a investir nos projectos iniciados em 2002. Nós acreditamos que a crise não deve servir para justificar redução dos investimentos e a Marktest está preparada para manter o esforço que há já alguns anos tem vindo a realizar no desenvolvimento de novos produtos.

Marktest.com: Que novos projectos serão desenvolvidos em 2003 nas empresas do Grupo Marktest?

Como referi, o ano de 2003 será essencialmente um ano de consolidação dos projectos já iniciados.

A MediaMonitor, que absorve o histórico dos dados de investimento publicitário da Sabatina, tem responsabilidades acrescidas, pois passa a ser a referência do mercado.
Os maiores investimentos em 2003 serão, por isso, feitos na MediaMonitor, que também irá concorrer na área de clipping.

As empresas do Grupo Marktest estão preparadas para os grandes desafios que o negócio da informação irá enfrentar no futuro: globalização, concorrência acrescida, maior recurso à Internet, novas tecnologias, sofisticação das análises.

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