Metodologia

1. Introdução

Microzonas é um sistema de informação que se insere no âmbito dos estudos geodemográficos e consiste na caraterização da população, do comércio e das empresas de uma determinada zona, associadas à sua localização geográfica.

Este estudo é realizado concelho a concelho permitindo, no final, análises baseadas em conjuntos de concelhos, concelhos isoladamente ou pequenas zonas dentro de um concelho ou localidade.

Nesta primeira etapa do projecto Microzonas foram trabalhados os concelhos de Amadora, Lisboa e Oeiras. A metodologia seguida neste estudo teve as seguintes fases.

2. Informação Geográfica

Numa primeira fase foi criada a componente de informação geográfica com a digitalização das várias unidades de análise. Foi utilizada cartografia digital ao nível de eixo de via com informação relativa aos nº de polícia (fontes: CTT, Ameritec, Câmara Municipal de Oeiras) e foi com base nesta cartografia que os restantes níveis foram digitalizados: subsecções estatísticas, zonas-base e microzonas.

A informação estatística dos Censos de 91 (último Recenseamento com dados disponíveis com a desagregação geográfica necessária) foi georeferenciada ao nível da subsecção estatística, nomeadamente a relativa a: população segundo o sexo, idade, instrução e actividade económica; famílias segundo a dimensão; alojamentos segundo o número de divisões e as infraestruturas (água, electricidade, esgotos) e edifícios segundo a data de construção, o número de pisos e a utilização (exclusiva ou parcialmente residencial). Nesta fase foi também feita uma análise estatística da informação para conhecer a distribuição destas variáveis no espaço.

Foi igualmente realizada uma actualização da informação disponível tanto a nível de arruamentos como de edifícios e alojamentos, nomeadamente com a realização de levantamentos in situ em algumas áreas de expansão destas localidades. Com base nessa recolha de informação, foram elaboradas estimativas actualizadas da população residente nessas áreas.

3. Criação de Zonas-Base

A segunda fase deste estudo consistiu na formação de zonas-base (conjuntos de subsecções) que, por um lado, fossem áreas residenciais, e, por outro, tivessem uma dimensão relativamente homogénea em relação ao número de habitantes. Foram formadas 368 zonas no conjunto destes três concelhos. Estas zonas foram a base de referenciação para o estudo de caracterização das famílias e indivíduos.

4. Caracterização das Famílias e Indivíduos

Foi realizado um estudo de mercado junto da população residente nos concelhos de Amadora, Lisboa e Oeiras cujo objectivo principal era ter um conhecimento tão aprofundado quanto possível das suas características sócio-demográficas e também dos seus hábitos de compra e consumo, dos seus estilos de vida, das suas opiniões e valores, do seu conhecimento e utilização de marcas.

A metodologia utilizada neste estudo foi a seguinte.

5. Georeferenciação de Bases de dados de Comércio e Serviços

Paralelamente a este estudo, decorreu todo o processo de recolha e georeferenciação de informação de interesse económico, nomeadamente a localização de estabelecimentos comerciais, restaurantes, mercados, supermercados, hipermercados, dependências bancárias, pontos de venda/assistência automóvel, parques de estacionamento, postos de abastecimento de combustível, pontos de venda de telemóveis, estabelecimentos hoteleiros, farmácias, hospitais, centros de saúde, museus, entre outras. Também aqui foi muitas vezes necessário a deslocação de equipas ao terreno para confirmar e validar a informação e georeferenciá-la.

No caso dos concessionários automóveis, cuja análise se apresenta neste relatório, os dados tiveram origem numa pesquisa efectuada pela Marktest durante os meses de Julho a Outubro de 2000, que solicitou aos representantes das principais marcas do mercado informação sobre a sua rede de venda e assistência, ao qual responderam as seguintes: