Actuação dos Ministros do Governo

Através do Barómetro Político Marktest/DN/TSF de Novembro, é possível elaborar uma análise contendo a opinião da população residente em Portugal com mais de 18 anos, acerca da actuação dos ministros do governo português.

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O Primeiro Ministro Durão Barroso, juntamente com a ministra do Estado e Finanças, Manuela Ferreira Leite são os que obtêm as maiores percentagens de actuação negativa, respectivamente, 51.4% e 51.9%.

Ao ministro de Estado e da Defesa Nacional, Paulo Portas, foi atribuída a terceira pior actuação governativa, por 49.3% dos inquiridos, contra 30.9%, que consideraram a sua actuação positiva. A excepção reside apenas na população por intenção de voto para a Assembleia da República, que tal como na actuação de Manuela Ferreira Leite, considera a sua actuação maioritariamente positiva.

A actuação dos ministros da Educação (David Justino) e da Saúde (Luís Filipe Pereira) também não tem sido vista com bons olhos pelos inquiridos, já que 40.9% e 40.5%, respectivamente, considerou a sua actuação negativa.

O ministro da Agricultura e Pescas, Armando Sevinate Pinto, também não acolhe uma percentagem confortável de respostas positivas (25.9%). Pelo contrário, 31.3% classifica a sua actuação como negativa, excepção feita aos eleitores com intenção de voto PSD e a população da classe Alta/Média Alta.

Outro ministro que não tem maioria de votos positivos relativamente à sua actuação, é a ministra do Ensino Superior, Maria da Graça Carvalho. Para além de haver uma grande percentagem de inquiridos que não sabe ou não responde à questão (52.5%), entre os que respondem, 26% considera-a negativa e apenas 21.5%, positiva.

O ministro das cidades e ambiente, Amílcas Theias, quase empata em termos de actuação positiva (21%) e negativa (20%). Ainda que o saldo seja positivo, a população com mais de 55 anos, bem como a população da Grande Lisboa, consideraram a sua actuação negativa. É ainda de salientar a percentagem dos que não sabem ou não respondem à questão: 59% - a mais elevada de todas.

Os ministros da Economia, Carlos Tavares, e Obras Públicas e Transportes, Carmona Rodrigues, também possuem uma actuação negativa (26.6% e 30%, respectivamente) e uma percentagem de respostas “não sabe”, “não responde”, acima dos 40%. Ainda assim, a população masculina considera a actuação destes ministros positiva, assim como a população com mais de 55 anos, para o primeiro, e a população entre os 18 e os 34 anos, para o segundo.

Relativamente ao ministro da Administração Interna, António Figueiredo Lopes, metade dos inquiridos não respondeu ou não soube classificar a actuação deste político. Entre os que responderam 22.8% considerou a sua actuação positiva e 26.6%, negativa. Verificaram-se algumas discrepâncias relativamente a este resultado geral: para além das diferenças na população por intenção de voto PS ou PSD (em que, nesta última, a actuação do ministro foi considerada positiva), na região do Interior Norte 23.4% considerou a actuação positiva, contra 22.7% dos que a consideraram negativa.

A população inquirida considerou a actuação dos restantes ministros positiva, sendo que o ministro da Segurança Social e do Trabalho, António Bagão Félix, é aquele que acolhe maior percentagem de opiniões positivas: 40.9%, contra 34.8% de negativas. Ainda assim, 40% da população entre os 18 e os 34 anos considera a sua actuação negativa, assim como a população do Litoral Norte e a da classe média (35.6% e 40.7%, respectivamente). Também na população por intenção de voto há resultados discrepantes, com a população com intenção de voto PS a considerar a actuação deste ministro negativa.

Relativamente à ministra da Justiça, Celeste Cardona, 38.8% considera a sua actuação positiva e 32.2%, negativa. Tal como em muitos outros ministros, as diferenças de opinião encontram-se unicamente quando analisamos a população por intenção de voto: 39.6% dos que votam PS, consideram a sua actuação negativa contra 33.7% que a classificam de positiva. Já entre os eleitores PSD, 63.5% classifica a sua actuação positiva e apenas 20.4%, negativa.

O ministro dos Assuntos Parlamentares (Luís Marques Mendes), ministro Adjunto (José Luís Arnaut) e minitro da Cultura (Pedro Roseta), obtêm respostas positivas relativamente à sua actuação, de um modo geral, na ordem dos 30%. No entanto é de salientar que a percentagem dos que não têm opinião acerca destes ministros é também bastante elevada (acima dos 50% para os três).

Para 28% e 29.8% dos inquiridos, os ministros da presidência, Nuno Morais Sarmento, e Negócios Estrangeiros, Maria Teresa Gouveia, tiveram uma actuação positiva. Ainda assim o desconhecimento face a actuação destes ministros é muito elevada – 49.3% e 58.6%, respectivamente.

Consulte a ficha metodológica do Barómetro Político Marktest/DN/TSF.



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