A utilização de IA no Mundo
A utilização de IA no Mundo
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A oitava edição do relatório AI Index Report da Stanford HAI mostra como tem evoluído o desenvolvimento de modelos de IA e a sua utilização em todo o Mundo. Confira alguns resultados.
Grupo Marktest
6 maio 2025

Numa era em que a influência da Inteligência Artificial (IA) na sociedade, economia e política global é cada vez mais uma realidade, a análise do último “AI Index Report” assume especial relevância.

Este estudo, produzido pela Stanford HAI (Stanford Institute for Human-Centered Artificial Intelligence), que já vai na oitava edição, tem como compromisso fornecer a decisores políticos, jornalistas, executivos, investigadores e público em geral, informação rigorosa com vista à tomada de decisões informadas relativamente à implementação da IA nos mais diversos contextos.

Globalmente, a utilização da IA é alvo de debates nas mais diversas esferas, pelo que este tipo de estudos assume uma importância crucial.

Durante as próximas edições da nossa newsletter iremos apresentar as principais conclusões deste estudo, com o objetivo de contribuir para a compreensão do estado atual da IA e as possíveis evoluções futuras.

No capítulo Pesquisa e Desenvolvimento, este estudo revela que têm sido realizados investimentos significativos em IA, num contínuo desenvolvimento de novos modelos.

Como se pode observar nos gráficos abaixo, a China foi o país que realizou mais publicações (23.2%) e citações (22.6%) no domínio da Inteligência Artificial. Já os Estados Unidos foram os que mais contribuíram com o maior número de publicações mais citadas no domínio da Inteligência Artificial.

Outra conclusão relevante é que o número de publicações de IA tem vindo a aumentar. Entre 2013 e 2023, quase triplicou em áreas relacionadas com a Informática e noutras áreas de âmbito científico.

No que respeita à produção de “Notable Models” de IA, os EUA lideram o ranking, tendo produzido, em 2024, 40 modelos deste tipo, ultrapassando largamente a China (que produziu 15) e a Europa (onde apenas na França se produziram 3).

Verifica-se ainda que os modelos gerados por IA são cada vez mais complexos, ao mesmo tempo que geram um aumento no consumo de energia, como se pode verificar no gráfico seguinte, onde estão registados os consumos energéticos (Watts) e a pegada de Carbono para diferentes modelos de IA.

Por outro lado, é cada vez mais barato utilizar os modelos de IA, estando o hardware de IA cada vez mais rápido e barato.

Este estudo salienta ainda, para o capítulo da Pesquisa e Desenvolvimento, o facto de que o registo de patentes de IA tem vindo a aumentar, com mais de 122 mil registos em 2023. Considerando este ano, observa-se que a China assume a liderança no total de patentes de IA, representando 69,7% de todas as concessões.

No capítulo relativo à Performance Técnica, salienta-se que os Benchmarks gerados através de IA têm vindo a aumentar, não só em número, como principalmente em complexidade, testando os limites dos próprios sistemas de IA. Outro aspeto importante é que a diferença entre os modelos “Open-weight “e “Closed-weight” tem vindo a diluir-se, com os primeiros a acompanharem os segundos, como se pode observar no gráfico abaixo:

Os Estados Unidos têm historicamente dominado a investigação e o desenvolvimento de modelos de IA, com a China a ocupar sistematicamente o segundo lugar. No entanto, dados recentes sugerem que esta realidade está a mudar rapidamente e que os modelos chineses estão a alcançar os seus homólogos americanos.

O panorama da IA está a tornar-se cada vez mais competitivo, com modelos de alta qualidade atualmente disponíveis com um número crescente de programadores, além de que, continuamente, estão a ser propostos Benchmarks cada vez mais exigentes.

No que respeita aos vídeos gerados por IA, estes apresentam melhorias significativas, de ano para ano.

Apesar de todas estas evoluções, o raciocínio complexo continua a ser um problema. Embora a adição de mecanismos como o raciocínio em cadeia tenha melhorado significativamente, ainda não é possível resolver de forma fiável problemas para os quais existem soluções que podem ser encontradas utilizando o raciocínio lógico (como a aritmética e o planeamento). Este facto tem um impacto significativo na fiabilidade destes sistemas e na sua adequação a aplicações de alto risco.

É ainda abordado neste capítulo os “agentes de IA” – sistemas autónomos ou semiautónomos concebidos para funcionar em ambientes específicos, com objetivos específicos. Este sistema já igualam a capacidade humana em algumas tarefas, realizando-as de uma forma mais rápida e barata.

Consulte a página do AI Index Report para mais informações.

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