A utilização de IA no Mundo A utilização de IA no Mundo A oitava edição do relatório AI Index Report da Stanford HAI mostra como tem evoluído o desenvolvimento de modelos de IA e a sua utilização em todo o Mundo. Esta semana apresentamos os dados relacionados com a utilização responsável da IA e os impactos na Economia. Grupo Marktest 3 junho 2025 Numa era em que a influência da Inteligência Artificial (IA) na sociedade, economia e política global é cada vez mais uma realidade, a análise do último “AI Index Report” assume especial relevância. Este estudo, produzido pela Stanford HAI (Stanford Institute for Human-Centered Artificial Intelligence), que já vai na oitava edição, tem como compromisso fornecer a decisores políticos, jornalistas, executivos, investigadores e público em geral, informação rigorosa com vista à tomada de decisões informadas relativamente à implementação da IA nos mais diversos contextos. Esta semana retomamos a análise deste estudo, apresentando as conclusões relativas à utilização responsável da IA e os impactos na Economia. A Inteligência Artificial está profundamente integrada nos diversos aspetos do quotidiano, tendo sido introduzida em diferentes setores da sociedade (Educação, Finanças e Saúde) remodelando-os e orientando-os relativamente a decisões críticas. Esta mudança, que pode ser vista como positiva, acarreta também riscos substanciais. O capítulo Responsible IA, analisa as tendências emergentes em relação à IA Responsável (RAI). A avaliação dos sistemas de IA com base em critérios de IA responsável é uma prática emergente, com a introdução de novos parâmetros de referência. O número de incidentes relacionados com a utilização da IA continua a aumentar. Tendo em conta a Base de Dados de Incidentes de IA, foi registado um aumento para 233 incidentes o que significou um acréscimo recorde de 56,4% comparativamente a 2023. Apesar dos diferente interveniente estarem cientes dos riscos associados à RAI, os processos com vista à mitigação destes riscos ainda estão atrasados. O estudo mostra que, embora a maioria identifica os principais riscos da RAI, que passam por imprecisão, a inconformidade regulamentar e cibersegurança. Estes foram os principais motivos de preocupação para os líderes, com 64%, 63% e 60% dos inquiridos, respetivamente, a apontá-los como preocupações. A nível mundial, os líderes políticos têm manifestado preocupação crescente com a RAI. Várias organizações, nomeadamente a OCDE, a União Europeia, as Nações Unidas e a União Africana, divulgaram quadros de orientação que articulam as principais preocupações da RAI, tais como a transparência, a explicabilidade e a fiabilidade. Uma questão importante abordada neste estudo é o facto de que há cada vez menos dados para uso comum. Esta situação é tão mais problemática uma vez que os modelos de IA dependem de enormes quantidades de dados públicos disponíveis na Web. disponíveis publicamente para treino. A implementação de novos protocolos por parte de muitos sites, com vista à restrição do uso de dados, levará as IA, obrigatoriamente, a criar abordagens de aprendizagem, tendo em conta essas restrições de dados. Foi ainda salientado neste capítulo o facto de que a desinformação eleitoral relacionada com a IA se tem espalhado por todo o mundo, mas o seu verdadeiro impacto ainda não é claro. Em 2024, surgiram inúmeros exemplos de desinformação eleitoral relacionada com a IA em vários países e em diversas plataformas de redes sociais, incluindo durante as eleições presidenciais dos EUA. No entanto, subsistem dúvidas quanto aos impactos mensuráveis deste problema, sendo que muitos esperavam que as campanhas de desinformação tivessem afetado as eleições de forma mais profunda do que aconteceu. Noutro âmbito, observa-se que a RAI tem vindo a ser cada vez mais utilizada em ambiente académico. De facto, o número de artigos RAI aceites em conferências aumentou 28,8 %, de 992 em 2023 para 1 278 em 2024. No capítulo dedicado à Economia, é evidenciado o facto de que as implicações económicas da IA tornaram-se mais evidentes em 2024, com um impacto substancial em muitos setores. Os primeiros ganhos de produtividade da IA generativa estão a tornar-se mensuráveis em tarefas específicas, embora persistam questões sobre o impacto a longo prazo desta na economia em geral. O mercado de trabalho começou a mostrar sinais de transformação impulsionada pela IA, com certas funções laborais a serem afetadas à medida que surgem novas posições relacionadas com a IA. Empresas de todos os setores e regiões geográficas estão a transitar da adoção experimental da IA para a sua integração sistemática. O investimento empresarial em IA atingiu os 252,3 mil milhões de dólares em 2024, com o investimento privado a subir 44,5% e as fusões e aquisições a aumentarem 12,1% em relação ao ano anterior. O setor registou uma expansão significativa na última década, com o investimento total a aumentar mais de treze vezes desde 2014. O financiamento da IA generativa registou um aumento significativo. O investimento privado em Inteligência Artificial Generativa atingiu os 33,9 mil milhões de dólares em 2024, o que corresponde a um aumento de 18,7% em relação a 2023 e a mais de 8,5 vezes o valor registado em 2022. Atualmente, o setor representa mais de 20% de todo o investimento privado relacionado com a IA. A utilização da IA atingiu um nível sem precedentes. Em 2024, a proporção de inquiridos que relataram a utilização de IA pelas suas organizações passou de 55% em 2023, para 78% em 2024. Em termos financeiros, a IA começa a impactar várias funções empresariais, embora a maioria das empresas ainda se encontre numa fase inicial da sua utilização. Os benefícios financeiros relatados ainda são reduzidos. Em termos de receitas, a perceção é também de que os ganhos gerados são pouco relevantes (com um aumento de receitas inferior a 5%). Do ponto de vista geográfico, observa-se que, apesar da América do Norte manter a sua posição de liderança na utilização da IA, o território chinês tem registado sucessivas taxas de crescimento anuais no que respeita a este tipo de utilização. Este estudo conclui que a IA contribui para o aumento da produtividade e colmata as lacunas de competências. O Índice de IA de 2023 foi um dos primeiros relatórios a destacar estudos que evidenciam o impacto positivo da IA na produtividade. Este ano, estudos adicionais reforçaram essas conclusões e acrescentam que, na maioria dos casos, ajuda a reduzir o fosso entre os trabalhadores com baixas e altas qualificações. Consulte a página do AI Index Report para mais informações. |
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