Em que mudámos nos últimos 5 anos?
Em que mudámos nos últimos 5 anos?
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Uma análise das tendências de consumo, com base nos dados TGI da Marktest.
Grupo Marktest
6 agosto 2013

placeholder A crise do mundo ocidental, primeiro financeira, depois económica e social, eclode em 2008 e cinco anos volvidos continua a persistir com especial vitalidade no espaço europeu. Neste contexto Portugal é hoje um dos países intervencionados e sujeito a um processo de empobrecimento de difícil paralelo na história recente.

As projecções do Boletim de Verão 2013 do Banco de Portugal (BdP) para a economia portuguesa “apontam para uma contracção da actividade económica de 2% em 2013 (-3.2% em 2012), tendo esta queda subjacente uma forte queda da procura interna”. Segundo a mesma fonte, a taxa de variação anual do consumo privado para 2012 cifrou-se nos -7%, com uma previsão negativa de 4.4% para 2013.

Os dados do estudo Target Group Index (TGI), que analisa consumos e posse de bens & serviços dos portugueses, acompanham estes indicadores económicos do BdP na medida em que, e quando analisados os últimos 5 anos, se regista uma retracção do consumo para grande parte dos bens FMCG (Fast Moving Consumer Goods) e non FMCG.

Assim, posicionando-se o consumidor como o principal responsável por estes indicadores e a principal vítima da crise que o empurra para essa situação, impõe-se a questão: Em que mudámos nos últimos 5 anos?

O consumidor português de 2008 é um indivíduo bem distinto do consumidor que se nos apresenta hoje em 2013.

De acordo com a análise de tendências TGI, assente nos último 5 anos e centrada no universo de análise 15/64 anos Portugal Continental, o consumidor, para além de responsável e vítima da quebra generalizada de consumo, é hoje mais ponderado e informado tendo alterado os seus comportamentos de compra e a sua percepção perante a economia.

Estas alterações destacam-se sobretudo por uma gestão mais ponderada do orçamento disponível, sempre com vista à contenção de gastos, existindo uma maior procura por ofertas especiais e artigos de baixo preço, uma maior adesão a vouchers e vales de desconto e a uma compra mais ponderada. Por outro lado, está também menos disponível para pagar mais por qualidade e restringiu as compras por impulso.

Por oposição a Internet e as novas tecnologias ocupam um papel de maior destaque na vida dos portugueses.

Se em 2008 apenas 42% dos indivíduos dizia recorrer à Internet como a principal fonte de informação hoje esse comportamento é referido por quase dois terços (63.3%). Também o Internet Banking, que em 2008 era apenas utilizado por ¼ dos indivíduos, é hoje utilizado por 2 784 000 indivíduos (42%) As compras pela Internet são outro indicador que viu o seu número de utilizadores quase duplicar nos últimos anos (TGI 2008 – 23.7% | TGI 2013 – 43%).

Entre o lançamento da vaga TGI 2012 e esta nova release TGI de Julho de 2013, com 12 meses de diferença, os dados TGI apontam para um aumento de 8.5 p.p. referentes à posse de Smartphone (TGI 2012 – 28.1% | TGI 2013 – 36.6%) e de 6 p.p. para a posse de Tablet (TGI 2012 – 4.2% | TGI 2013 – 10.3%), existindo assim excepções à retracção generalizada.

A análise centrada no perfil dos detentores de Smartphones e Tablets revela que existem semelhanças entre os dois. Ambos tendem a ser sobretudo do sexo masculino, jovens ou jovens adultos (15/44 anos), urbanos e pertencentes às classes ABC1. Por outro lado, aqueles que não tendo um Tablet, mas tencionam comprar um apresentam um perfil semelhante aos que já têm.

Os Smartphones ou os Tablets, para além de serem bens em contraciclo com as quebras registadas de outros sectores, são também eles plataformas de comunicação entre pessoas e marcas, e nesse sentido assumem-se cada vez mais como veículos eficazes de Brand Communication e Marketing.

Dos 17 grandes sectores de mercado, 280 categorias de produto e mais de 3000 marcas que o TGI analisa, existem algumas que se revelam mais próximas das preferências dos possuidores de Smartphones.

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A Coca-Cola, a Sumol, a Super Bock, a Nespresso, o McDonalds, a Pizza Hut, o Centro Comercial Colombo, a Danone e a Mimosa são algumas das marcas que registam uma afinidade positiva com os possuidores de Smartphone com valores de consumo superiores aos registados junto do universo 15/64 anos Portugal Continental.

De acordo com a análise de tendências TGI, e analisando os Smartphones, observa-se que as marcas Samsung, Huawei e Apple foram as que mais cresceram no último ano, utilizando estas marcas maioritariamente dois sistemas operativos distintos – Android e iOS.

A análise de consumo de meios TGI revela ainda que, apesar dos canais generalistas serem os mais vistos, quase ¾ dos indivíduos que possuem um Smartphone preferem os canais temáticos de notícias, séries ou filmes e cerca de 40% destes afirmam ainda que a sua programação favorita são as séries.

Os dados e análises apresentadas fazem parte do estudo TGI, propriedade intelectual da Kantar Media, e do qual a Marktest detém a licença de exploração em Portugal, é um estudo único que num mesmo momento recolhe informação para 17 grandes sectores de mercado, 280 categorias de produtos e serviços e mais de 3000 marcas proporcionando assim um conhecimento aprofundado sobre os portugueses e face aos seus consumos, marcas, hobbies, Lifestyle e consumo de meios.

Presente em mais de 60 países nos 5 Continentes, o TGI poderá ainda caracterizar mercados internacionais com vista ao conhecimento dos consumidores além fronteiras.

Contacte-nos para mais informações sobre este assunto.

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