Em jeito de balanço e ainda a quente, avaliamos a experiência como extremamente positiva. A metodologia adoptada, embora conhecida e já utilizada em outros países, nomeadamente nos EUA e no Brasil, nunca tinha sido utilizada em Portugal em aplicações de pesquisa de opinião destinadas a divulgação pública.

O desafio era grande e adivinhava-se que o impacto da sondagem também iria ser grande. Por isso tivemos a atenção que se impunha de modo a garantir a correcta representatividade das amostras, o rigor e a independência dos processos adoptados e a fiabilidade dos resultados produzidos.

Adoptámos aquilo que designamos por open-source ao divulgar, de forma exaustiva, no dia a dia, não só a ficha técnica mas também os resultados detalhados.

Os ecos da sondagem viram-se reflectidos muito para além do DN e da TSF, em outros órgãos de comunicação, espalharam-se pela blogosfera e até foram ampliados no discurso de alguns candidatos.

Mas uma sondagem é apenas uma mera recolha de opiniões e intenções de uns quantos, que nós tudo fizemos para que fosse o espelho das opiniões e intenções de todos . E sejam quais forem os resultados das eleições - e nada obriga a que não sejam diferentes daqueles que a sondagem indica - na Marktest sentimos a satisfação de ter realizado um trabalho profissional, transparente e empenhado.

Estas sondagens e a sua divulgação pela quantidade de informação produzida ficarão como um documento para história do jornalismo político em Portugal e, quando confrontadas com os resultados eleitorais, seguramente como um “caso” para ser estudado e avaliado.

Luis Queirós
Presidente do Grupo Marktest