Os Portugueses e a Rádio – evolução e alteração de comportamentos Numa altura em que se comemoram 82 anos sobre as primeiras emissões regulares de rádio em Portugal (a 1 de Março), a Marktest.com Notícias inicia hoje a publicação de várias análises que pretendem constituir um olhar aprofundado e objectivo sobre a rádio em Portugal, abordando a evolução do meio e o modo como se tem processado a relação dos portugueses para com este. Grupo Marktest, 27 fevereiro 2007
Assiste-se, nos dias que correm, a uma reestruturação do meio rádio em função das novas disponibilidades tecnológicas de que dispõe. A escuta através da internet é algo possível já há alguns anos e aí estão também o podcasting1 e a disponibilização de conteúdos multimédia através dos respectivos sites. Ou seja, a nova Rádio deixa de ter apenas ouvintes e, atráves das multi-plataformas de transmissão de conteúdos, passa a ter também leitores e visualizadores, permitindo, ainda, a liberdade para a gestão do melhor momento de acesso aos mesmos. São vários os sinais que indicam que este será o futuro. Contudo, analisando objectivamente a situação presente do meio rádio em Portugal, esta é uma realidade ainda longe de estar generalizada. Ou seja, a rádio de hoje continua a ter essencialmente ouvintes, mantendo-se o FM como o grande veículo de ligação entre as estações e os seus públicos. Comecemos por observar, precisamente, o modo como se tem desenvolvido a relação dos portugueses com a rádio através da internet. Este acompanhamento tem vindo a a ser efectuado pela Marktest já desde 2004, e os resultados são os seguintes: ![]() Como se observa, se o hábito de escuta de rádio pela internet está em crescimento e em 2006 apresenta já valores consideráveis, a escuta regular (diária) apresenta ainda valores pouco expressivos. Reportando-nos ao local onde o hábito de escuta pela internet é praticado, o comportamento manifesta-se da seguinte forma: ![]() O gráfico acima mostra-nos que essa escuta ocorre maioritariamente em casa, contudo, é já relevante a penetração evidenciada no local de trabalho. Neste contexto de novos desafios, é importante perceber que alterações têm ocorrido no comportamento dos Portugueses e as suas repercussões na relação com o meio. O estudo de audiências de rádio em Portugal Continental, Bareme Rádio, surge em 1994. Vejamos como tem evoluído o meio ao longo destes últimos 13 anos: ![]() Como se pode verificar, em 2006 o número de Portugueses que ouve rádio diariamente é, ainda que ligeiramente, superior ao registado aquando do início do estudo. Obviamente que são visíveis ligeiras oscilações, é inevitável e acontece em qualquer país, contudo, analisando este já vasto período, verifica-se que o consumo global de rádio tem conhecido valores muito siginificativos: a média de ouvintes com mais de 14 anos (universo do estudo) manteve-se entre os 4.5 milhões e os 4.9 milhões de indivíduos. Neste período, em que a oferta e diversidade televisiva tem conhecido um enorme crescimento, primeiro com o aparecimento dos 2 canais privados, depois com a generalização do acesso à televisão por cabo, é particularmente relevante que a Rádio continue a ser companhia diária para perto de 60% dos portugueses. Como exemplo de comparação, olhemos para o que se passa aqui ao lado na nossa vizinha Espanha. O gráfico abaixo apresenta os valores de escuta diária de rádio neste país, registados entre 1997 e 2006: ![]() A perspectiva comparativa entre os dois países, permite concluir que não só a média de ouvintes em Espanha se tem mantido abaixo dos valores registados entre nós (54.8% para 57.4% em Portugal, 1997-2006), como também as variações do meio, de ano para ano, são mais acentuadas. Ao longo destes 13 anos de existência do estudo, as audiências de rádio têm conhecido normais oscilações trimestrais, resultantes quer da alteração sazonal do comportamento dos Portugueses, quer do impacto das realidades que vão surgindo, quer do surgimento/desaparecimento/reorganização das estações que compõem o meio, quer ainda da própria e normal evolução das sociedades, dos seus ritmos e rotinas. Contudo, como constatamos atrás, inclusive numa perspectiva comparativa com o o que se passa em Espanha, o consumo anual de rádio em Portugal tem-se pautado pela estabilidade, reforçada por uma tendência de crescimento. NOTAS: Contacte-nos para mais informações sobre este assunto. |
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