A obesidade em foco
Segundo os resultados de um estudo realizado pela Novadir junto dos médicos portugueses, uma alimentação saudável e actividade física são os elementos chave na prevenção da obesidade.
Novadir,  17 maio 2007

placeholder Definida pela Organização Mundial de Saúde como uma doença crónica, a obesidade é cada vez mais prevalecente nas sociedades modernas, sendo mesmo qualificada como a verdadeira epidemia do século XXI: é uma doença crónica de armazenamento excessivo de gordura, com muitos anos de evolução, sendo multifactorial na sua génese, geneticamente relacionada, ameaçadora da vida humana, com elevado significado médico, psicológico, social, físico e económico, envolvendo na sua génese factores hereditários, bioquímicos, hormonais, ambientais, comportamentais e culturais.

Alimentação saudável e actividade física: elementos chave na prevenção da obesidade

Segundo a International Obesity Task Force (IOTF) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um bilião de pessoas no mundo têm excesso de peso e destas, 300 milhões de pessoas são obesas. Esta situação está a ficar incontrolável uma vez que se estima que daqui a 10 anos 50% da população mundial terá excesso de peso.

A IOTF estima que nos 25 países da União Europeia, mais de 200 milhões de adultos têm sobrepeso ou são obesos. Nos países de leste e nos do sul da Europa 10-25% da população são obesos, onde Portugal se inclui. Dados da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, 2006, revelam que 37% da nossa população tem excesso de peso (3,831 milhões de pessoas) e 14,5% é obesa (1,5 milhões de pessoas), sendo que a prevalência é estimada em 13% para o sexo masculino e 15% para o sexo feminino.

Num inquérito, realizado pela Novadir, junto de médicos especialistas em Clinica Geral, Cardiologia e Medicina Interna, é claro que estes consideram que os elementos chave na prevenção da obesidade passam principalmente pela alteração dos hábitos alimentares (77%), pela prática de exercício físico (69%) e a redução do sedentarismo (73%). É assim opiniao dos médicos auscultados que o combate à obesidade passa pela prevenção a um nível primário, ou seja, evitar que a doença apareça modificando os hábitos alimentares e praticando exercício.

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Estes resultados reflectem a preocupação constante da classe médica: segundo o Prof. Davide Carvalho, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, "o problema é que é bastante complicado resistir a toda uma panóplia de oferta de alimentos hipercalóricos que actualmente existem, e que são bastante prejudiciais. Além disso, a própria actividade física também sofreu alterações bastante consideráveis. Antes usávamos as escadas, hoje vamos de elevador ou escada rolante. Antes íamos a pé, hoje pegamos no carro para fazer dois ou três quarteirões. Tudo isto faz com que gastemos menos energia, contrapondo com o facto de comermos mais alimentos energéticos".

Hipertensão arterial e outras doenças cardiovasculares são as principais doenças apontadas como consequência da obesidade

O sobrepeso e a obesidade associam-se a doenças crónicas, sendo responsáveis por 18% das despesas com a saúde, reduzindo a produtividade, afectando a qualidade de vida, reduzindo a esperança de vida, causando um milhão de mortes anuais na Europa.

Segundo os médicos especialistas inquiridos pela Novadir, a hipertensão arterial (78%) e outras doenças cardiovasculares (75%) são as doenças que mais advêm de problemas de obesidade.

As complicações metabólicas, nomeadamente a Diabetes Mellitus tipo II, é o 3º principal problema apontado por 67% dos médicos inquiridos. A Hipercolesterolemia e Distúrbios lipídicos são outros problemas apontados na consequência da obesidade.

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Para mais informações sobre este estudo, contactar:
Novadir
joao.colimao@novadir.pt
Telf. +351 21 358 33 10



Ficha Técnica:

Estudo realizado pela Novadir, junto de uma amostra aleatória de 153 médicos que praticam Clínica Geral e Medicina Familiar, Cardiologia e Medicina Interna em Lisboa, Porto e Coimbra (para um intervalo de confiança de 95% o nível de erro é de ± 7.94 pp). A amostra foi ponderada para o universo. A selecção dos médicos foi aleatória a partir da base de dados médica da Novadir, realizada para os locais de trabalho - Centros de Saúde, Hospitais e consultórios. A informação foi recolhida por entrevista pessoal (F2F), entre os dias 08 de Março e 02 de Abril de 2007.

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