Marktest faz hoje 32 anos!

No dia de mais um aniversário da Marktest, Luís Queirós, Chairman do Grupo e fundador da empresa, dá-nos a sua visão sobre os últimos 32 anos e a sua antecipação dos próximos 32.

Grupo Marktest

26 junho 2012

Luís Queirós,
Chairman do Grupo Marktest

Grupo Marktest em Notícias (News): A Marktest faz hoje 32 anos. Em sua opinião, o que mudou em Portugal nos últimos 32 anos?

Luís Queirós (LQ): Nos últimos 32 anos muita coisa mudou, não só em Portugal como no Mundo. Alterou-se radicalmente o equilíbrio geopolítico que estava baseado na dicotomia entre os EUA e a União Soviética. Emergiram outros países, afirmaram-se outras potências económicas. O mundo já não se divide em países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Os tratados de comércio livre vieram contribuir para sedimentar a economia Global. Portugal entrou na União Europeia e teve o progresso que todos esperavam. Mas mergulhou numa crise, ela própria reflexo de outra mais global, cujos contornos ainda estão mal definidos, e cujo desfecho preocupa os dirigentes europeus e mundiais.

News: E nos estudos de mercado?

LQ: Os estudos de mercado acompanharam a economia global. As grandes multinacionais emergiram e a indústria tendeu a concentrar-se. A especialização e a internacionalização foram a saída certa para as empresas mais pequenas.

LQ: A internet veio mudar tudo, e, naturalmente, também os estudos de mercado. Estamos em plena mudança e não é fácil antecipar cenários. A única coisa certa é que as mudanças vão continuar…

News: Como vê os próximos 32 anos em Portugal e como julga que irão evoluir os estudos de mercado nas próximas décadas?

LQ: Prever o futuro é um exercício difícil. Vai haver grandes mudanças a todos os níveis. A nível económico, a nível social, a nível comercial. Vai mudar a forma de comunicar e de fazer publicidade. Mas a informação será sempre fundamental, e os estudos de mercado têm por isso o futuro assegurado. Mas haverá certamente grandes mudanças, ditadas pela evolução tecnológica e pelas transformações socias que irão ocorrer nos próximos anos. Nós, como os outros, vamos planear menos, e ter de navegar mais à vista.

News: Um dos grandes desafios actuais e no futuro será o do desenvolvimento sustentável. Como avalia o que tem sido feito até agora nesta área? E como antevê os próximos anos?

LQ: A economia global está sujeita a pressões muito fortes e uma delas tem a ver com o ambiente, o aquecimento global e a sustentabilidade. Mas existem outras não menos importantes como a pressão populacional e a gestão dos recursos cada vez mais escassos. O mundo vai ter mais pessoas que terão de viver com os recursos existentes, ou talvez até menos, e isso vai obrigar a uma gestão no sentido da racionalização e da eficiência. Vamos encontrar a forma de o fazer, e os estudos de mercado vão dar o seu contributo.

News: Como vê futuro da Marktest?

LQ: O grupo Marktest é um exemplo único no mundo pela capacidade técnica que desenvolveu. Estamos preparados, melhor do que ninguém, para enfrentar o futuro. A nossa posição de humildade e a resiliência de que já demos prova vai permitir-nos, num mundo onde se espera um refluxo da globalização, enfrentar os desafios do futuro. As empresas do grupo Marktest estão em condições de enfrentar a concorrência das multinacionais e têm as armas e as pessoas certas para ficar quando os outros se forem embora.