O 25 de Abril, hoje 28 abril 2004
Para 64.2% dos inquiridos nesta sondagem, o 25 de Abril foi uma revolução, contra 28.1% que o consideram um golpe de estado. As mulheres, os jovens e os indivíduos das classes mais elevadas são os que mais referem a primeira hipótese (65.2%, 74.3% e 77.3%, respectivamente). Inquiridos face às figuras do regime anterior, as dificuldades de resposta foram maiores: 41% não sabe quem era o Presidente da República antes do 25 de Abril de 1974, havendo 30.8% de referências a Américo Tomás. A percentagem dos que fornecem a resposta correcta é maior junto dos mais idosos (45.6% dos que têm mais de 55 anos) e junto da classe Alta e Média Alta - A/B - (46.1%). 65.4% dos mais jovens, entre os 18 e os 34 anos, diz não saber o nome do então Presidente. O grau dos que não responde é maior quando se pergunta o nome do então Primeiro Ministro: a maioria (55.1%) diz não saber e 34.5% refere Marcelo Caetano. Também aqui são os mais idosos e os da classe A/B os que revelam “melhor memória” (51.8% e 50%, respectivamente). 82.1% dos indivíduos entre os 18 e os 34 anos são sabe o nome do então Primeiro Ministro. Quanto às motivações dos militares para o 25 de Abril, a maioria (54%) indica o fim da ditura como a principal, razão mais apontada pelos jovens e pela classe média. Acabar com a guerra colonial é uma motivação apontada por 20.9% dos inquiridos, sobretudo pelos mais idosos (27% dos que têm mais de 55 anos), pelos residentes no Sul (31.5%) e pelos da classe A/B (30.5%). Inequívoca foi a resposta à questão sobre se os membros da PIDE deveriam ter sido julgados: 73.4% afirma que sim. Nesta sondagem pedia-se ainda aos entrevistados que, face a uma série de assuntos, classificassem a sua evolução nos últimos 30 anos. As questões relacionadas com a Segurança foram as que tiveram pior classificação: 67% dos inquiridos entende que nos últimos 30 anos a segurança das pessoas mudou para pior - uma opinião certamente influenciada pela actual conjuntura. Pelo contrário, as Vias de Comunicação e a Vida Cultural são as questões percepcionadas como aquelas onde houve evolução mais positiva: 92% afirma que as vias de comunicação em Portugal mudaram para melhor, enquanto 71.4% entende que a vida cultural do país também evoluiu no mesmo sentido. De uma forma global, os inquiridos nesta sondagem avaliam positivamente o 25 de Abril: 80.4% consideram que ele foi positivo ou mesmo muito positivo. A maioria dos entrevistados (56.2%) considera mesmo este acontecimento como o mais importante nos últimos 30 anos, valorizando-o mais do que, por exemplo, a adesão de Portugal à União Europeia, referido por 28.6% dos inquiridos. No que se refere às figuras da democracia, é Mário Soares o mais citado: 30.8% dos entrevistados identifica-o como a personalidade que mais contribuiu para o processo democrático português nos últimos 30 anos. Sá Carneiro é referido por 16.4% dos entrevistados e Cavaco Silva por 15.1%. Finalmente, as opiniões dividem-se quando se pergunta aos entrevistados o seu grau de satisfação com o funcionamento da democracia: 47% diz estar satisfeito ou muito satisfeito, 46.7% diz estar pouco satisfeito, 6.3% não sabe ou não responde. A sondagem da Marktest foi realizada entre os dias 5 e 8 de Abril de 2004 e tem a seguinte Ficha Metodológica. |
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