Portugueses ouvem mais rádio no carro Os dados do Bareme Rádio da Marktest mostram uma tendência de aumento do consumo de rádio no carro. Grupo Marktest, 6 março 2007 Demos início na passada 3ª feira, 27 de Fevereiro, à publicação de um conjunto de análises sobre o modo como tem evoluído o meio rádio desde o aparecimento do estudo Bareme Rádio (pode ver, ou rever, aqui). Nesse artigo, demonstra-se que a Rádio em Portugal não só tem vindo a cimentar as suas potencialidades, como manifesta um aumento do número médio de ouvintes ao longo dos anos. Do lar para o automóvel, a rádio em movimentoSendo este um facto objectivo, não implica contudo que a relação dos Portugueses com o meio não tenha sofrido alterações. É sob este prisma que apresentamos a análise desta semana, debruçando-nos concretamente sobre o modo como tem evoluído o peso do local no total da escuta de rádio. Comecemos por observar este primeiro gráfico: De forma clara se percepciona uma inversão de curvas relativamente aos locais em análise: entre 1997 e 2006 o consumo de rádio em casa decaiu cerca de 39%, enquanto que a escuta de rádio no carro subiu, no mesmo período, 65%. O automóvel é desde 2005 o local onde mais Portugueses ouvem rádio. Ou seja, a primeira evidência é a de que a Rádio tem deixado progressivamente o lar e passado para o automóvel. Quanto à escuta no local de trabalho a realidade é a seguinte: Cerca de 10% dos Portugueses ouvem, diariamente, rádio no local de trabalho. Se nos restringirmos ao universo de ouvintes (aproximadamente 4.7 milhões em 2006), representam 18%. Tendo em conta qualquer destas bases de extrapolação, é um aspecto bastante significativo. Estas são análises tendo em conta o total dia. E ao longo das 24 horas, como tem evoluído o local de escuta de rádio? É isso que apresentamos de seguida. Comecemos pelo período entre as 06:00 e as 08:00 da manhã: Constatam-se dois aspectos relevantes: por um lado há um decréscimo do consumo de rádio neste 1º intervalo horário - o facto da programação televisiva ter vindo a impôr-se, recorrendo nomeadamente a conteúdos tradicionalmente associados à rádio (as informações de trânsito constantemente actualizadas, por exemplo), pode ser um factor explicativo; por outro, regista-se uma tendência de inversão do local de escuta de casa para o carro - uma possível mudança de comportamento, com a saída pela manhã a ocorrer cada vez mais cedo, pode ser uma das explicações. Optou-se por não incluir neste período inicial da manhã o local de trabalho, uma vez que entre as 06:00 e as 08:00 tem uma expressão residual. Contudo, é analisado já no intervalo que se segue. Relativamente ao período que decorre entre as 08:00 e as 10:00 da manhã, o cenário é este: Se no período anterior a escuta de rádio em casa ainda mantém a maior fatia, aqui a transferência do local de escuta de casa para o carro é já uma realidade desde 2002, acentuando-se de uma forma bastante clara nos últimos 3 anos. É um facto particularmente relevante, uma vez que se trata do primeiro dos dois principais períodos de escuta do dia. O local de trabalho apresenta-se também, neste período, com uma expressão considerável e com uma linha evolutiva crescente. Vejamos agora o que acontece entre as 10:00 e as 17:00: Trata-se de um período do dia onde, apesar de ligeiras oscilações entre alguns anos, é perfeitamente possível realizar uma leitura clara de tendências para cada um dos locais de escuta apresentados: o trabalho é desde 2001, com progressiva acentuação, o local onde mais Portugueses ouvem rádio entre as 10 e as 17 horas; o local casa manifesta a mesma tendência decrescente dos intervalos anteriores - de local com maior expressão em 1997 é, desde 2003, o que detém menor peso; a escuta no carro mantém a linha ascendente registada atrás. O período seguinte, das 17:00 às 20:00 é, juntamente com o intervalo 08:00/10:00 da manhã, um dos momentos do dia em que mais portugueses ouvem rádio. Analisemos o que acontece: Como se pode observar, a escuta de rádio no carro impõe-se de forma evidente sobre os outros locais, com especial destaque a partir do ano de 2003. A partir das 20:00 o consumo de rádio diminui. Também o local de trabalho deixa de ter relevância, pelo que não é incluído nas análises que se seguem. Atentemos ao período compreendido entre as 20:00 e as 22:00: Assiste-se à mesma tendência decrescente e de inversão do local casa para o carro, o que parece revelar que apesar dos Portugueses saírem cada vez mais cedo de casa, também tendem a regressar cada vez mais tarde. Entre as 22:00 e a 01:00 da manhã, comparando com o período imediatamente anterior, existe uma ligeira recuperação no consumo de rádio: O local de escuta casa é claramente o que detém maior importância, manifestando no entanto uma curva descendente. Também não se observa uma clara transferência para o carro que tem mantido, neste período horário, valores pouco expressivos ao longo dos anos. Devido ao reduzido consumo de rádio entre a 01:00 e as 06:00 da manhã, semelhante ao que acontece com qualquer outro meio, não se inclui aqui a distribuiçao da escuta por local durante a noite. Se à análise de qualquer meio estão subjacentes as rotinas dos indivíduos, este facto adquire, como vimos, uma particular relevância no caso da rádio. No seguimento do que atrás foi exposto, e em jeito de conclusão, podemos destacar que: 1. o consumo de rádio está cada vez mais colado aos ritmos de deslocação diária das populações, ganhando por isso a escuta no automóvel uma importância cada vez mais evidente; 2. consequentemente, assiste-se à concentração da escuta em 2 períodos do dia - entre as 08:00 e as 10:00 da manhã e entre as 17:00 e as 20:00 da tarde - períodos normais de deslocação casa/trabalho e vice-versa; 3. a observação transversal dos vários períodos, mostra que a casa enquanto local de escuta tem uma curva notoriamente descencente em qualquer momento do dia e, por contraposição, o carro tem uma curva notoriamente ascendente mesmo fora dos períodos normais de deslocação; 4. como demonstram as análises apresentadas, a perda de escuta em casa é claramente compensada quer pela transferência para o automóvel, quer pela tendência crescente da escuta no local de trabalho. Contacte-nos para mais informações sobre este assunto. |
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