Probióticos: a opinião dos médicos Segundo a sondagem realizada pela Novadir junto dos profissionais de saúde, a maioria dos inquirido considera que os produtos probióticos são orientados à prevenção
de doenças em associação com fármacos. Novadir, 18 dezembro 2007 Nos últimos anos têm emergido novos conceitos alimentares em virtude da introdução e comercialização de produtos funcionais - produtos que, além de nutrirem, oferecem algo mais e alegam benefícios para a saúde. O termo "probiótico" foi definido inicialmente por Füller como "organismos vivos que ingeridos exercem efeito benéfico no balanço da flora bacteriana intestinal do hospedeiro". Este conceito foi posteriormente ampliado e definido como "organismos vivos que quando ingeridos em determinado número exercem efeitos benéficos para a saúde". De uma forma cada vez mais sustentada estes produtos têm vindo a ser promovidos como tendo benefícios para a saúde ou até para o combate de determinadas doenças, como o colesterol ou hipertensão. Nesta "massificação" não é alheio o facto de que cada vez mais as empresas agro-alimentares apostem nestes produtos, não apenas em termos de inovação, mas também a nível de comercialização, inclusive com a aposta em abordagem directa aos profissionais de saúde, à semelhança dos delegados de informação médica dos laboratórios farmacêuticos. No entanto, esta promoção/publicidade e os benefícios que alega tem sido envolvida em grandes polémicas, tendo recentemente entrado em vigor um regulamento da Comissão Europeia que obrigará as marcas a evidenciarem cientificamente a validade das frases promocionais alegando efeitos benéficos para a saúde. Neste ambiente de "verdadeira revolução", em que vários estudos científicos têm sido realizados para avaliar os potenciais benefícios para a saúde humana, da ingestão de suplementos "probióticos", a NOVADIR realizou uma sondagem junto de um target muito específico: os profissionais de saúde, em concreto a classe médica, em que se tentou perceber qual a opinião dos médicos acerca dos efeitos que estes produtos têm junto dos consumidores.
Metade dos médicos entrevistados recomenda o consumo alimentos/produtos direcionados para a saúde e bem-estar, como os probióticos e os chás. Segundo a sondagem realizada pela NOVADIR, a grande maioria dos inquiridos (85%) considera que estes produtos são orientados à prevenção de doenças em associação com fármacos, enquanto que apenas 4% é da opinião que os probióticos são produtos orientados ao combate a doenças como substitutos dos fármacos. Por outro lado, cerca de 50% tem por hábito recomendar o consumo destes produtos. No entanto, de acordo com a nova legislação, poderá deixar de ser possível aos profissionais de saúde recomendar estes produtos, caso não seja comprovada a evidência clínica dos benefícios dos mesmos.
Os produtos que os médicos mais recomendam são o leite e iogurtes com suplementos. A Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED) reconhece os benefícios dos iogurtes probióticos na prevenção de doenças do foro gastrointestinal, tendo no inicio deste ano recomendado o consumo destes produtos. De facto, segundo Venâncio Mendes, presidente da SPED "Os iogurtes probióticos têm reconhecidas propriedades, pois possuem microrganismos vivos atenuados que melhoram o funcionamento intestinal, funcionando ao nível da prevenção primária". Segundo o clínico, "estes produtos são regularmente utilizados como terapêutica auxiliar nos casos de gastroenterite aguda, de doenças inflamatórias e infecciosas do intestino, e ainda face à síndroma do intestino irritável e à acção da Helicobacter Pylori". Para além dos iogurtes a maioria dos médicos inquiridos pela NOVADIR têm por hábito também recomendar o consumo de leite com ou sem suplementos. No que diz respeito a marcas em concreto, as únicas referidas pelos clínicos inquiridos foi o Benecol, Danacol e Actimel, com 18%, 8% e 6% das referências, respectivamente.
Apesar de recomendarem o consumo destes produtos, a opinião dos médicos relativamente à sua importância é variável. As investigações científicas mais recentes têm demonstrado clara e inequivocamente a relevância para a saúde dos micro-organismos probióticos, nomeadamente a Bifidobacterium longum, uma bifidobactéria (família de bactérias benéficas presentes na flora intestinal ao nível do cólon) e o Lactobacillus Acidophilus (presente na flora intestinal do intestino delgado). Estas bactérias têm acções que se potenciam mutuamente (isto é, têm entre si uma relação de simbiose). Com efeito , desde 1977 que se reconhecem os benefícios resultantes do consumo regular destas bactérias, sobretudo ao nível do sistema imunológico, na flora intestinal e na redução do colesterol. No entanto, a opinião dos médicos inquiridos nesta sondagem da NOVADIR, relativamente à importância que atribuem a estes alimentos/produtos em termos do seu contributo para o bem-estar e saúde" é muito variável, com 30% dos inquiridos a considerarem estes produtos como importantes ou muito importantes, e 42% com um opinião contrária, ou seja, que os probióticos não contribuem ou contribuem pouco para o bem-estar e saúde das pessoas. Para mais informações sobre este estudo, contactar: Ficha Técnica: Estudo realizado pela Novadir, junto de uma amostra aleatória de 100 médicos da especialidade de Clínica Geral, que exercem actividade em Portugal (para um intervalo de confiança de 95% o nível de erro é de ± 9.70 pp). A selecção dos médicos foi aleatória a partir da base de dados médica da Novadir, realizada para os locais de trabalho - Centros de Saúde, Hospitais e Consultórios. A informação foi recolhida por entrevista telefónica (CATI System), entre os dias 22 e 31 de Outubro de 2007. |
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