COVID-19: mortalidade aumenta mas letalidade diminui
COVID-19: mortalidade aumenta mas letalidade diminui
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Os dados da DGS sobre a evolução da pandemia de COVID-19 no nosso país mostram que, embora a taxa de mortalidade da doença esteja a aumentar, a taxa de letalidade tem diminuído.
Grupo Marktest
3 novembro 2020

placeholderUma análise dos Relatórios de Situação COVID-19 da Direção Geral da Saúde permite concluir que os casos confirmados, assim como os internados nos hospitais e os óbitos atribuídos à doença têm aumentado em Portugal, atingindo máximos em outubro.

Até este momento (situação até dia 1 de novembro de 2020), foram registados um total de 146 847 casos confirmados da doença em Portugal. Destes, 83 294 (ou seja, 57%), já recuperou, havendo um total de 2590 óbitos, o que equivale a 1.8% do total de infetados.

Na mesma data, existiam 2255 internados nos hospitais do SNS, dos quais 294 em Unidades de Cuidados intensivos. O número de internados corresponde a 1.5% do número de infetados e os que necessitam UCI representam 13% daqueles.

Estes indicadores representam um agravar acentuado da situação durante o mês de outubro. Neste último mês, a média diária de novos casos situou-se nos 2192, o que é 3,6 vezes a média observada no mês anterior (605), que havia sido o valor mais elevado até àquela data.

O número de recuperados também tem aumentado e, em outubro, registou-se o valor médio diário mais elevado, com 1059 recuperações, o que corresponde a 4,7 vezes o verificado no mês anterior (228).

Calculando as taxas de incidência (novos casos face à população total), morbilidade (total de casos face à população total), mortalidade (óbitos face à população total) e letalidade (óbitos face ao total de casos), vemos que, naturalmente, as taxas de incidência, morbilidade e mortalidade estão a aumentar, pois há um crescimento de casos e de óbitos, mas a taxa de letalidade está a baixar, registando em final de outubro os valores mais baixos desde 25 de março, quando se contabilizavam 60 óbitos e 3544 casos confirmados e uma taxa de 1.8%.

Nos gráficos que apresentamos em baixo é evidente o "disparar" da taxa de incidência da doença, que passou de uma média diária de 6 novos casos por 100 mil habitantes em setembro para 21 em outubro.

Esta análise foi realizada com base na informação divulgada pela Direção Geral da Saúde. Contacte-nos para mais informações sobre este assunto.

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