Análise Evolutiva da Imagem do Governo
Segundo os resultados do Barómetro Marktest/DN/TSF, o saldo médio da imagem dos ministros que compõem o governo tem vindo a baixar desde a sua tomada de posse, há cerca de 28 meses.
Grupo Marktest,  6 setembro 2007

placeholder Analisando dos dados fornecidos pelo Barómetro Político Marktest/DN/TSF verifica-se que, desde o início da sua legislatura até ao mês de Julho de 2007, o saldo de imagem do governo tem vindo, de um modo geral, a diminuir.

De facto, o valor mais alto foi atingido logo após a tomada de posse, quando em Março de 2005 alcançou um saldo médio de 17.5%. Desde essa data o sentido evolutivo foi sempre descendente até atingir pela primeira vez o valor negativo de -1.1% em Setembro de 2005.

Após algumas oscilações observadas entre Outubro de 2005 e Setembro de 2006 (mas sempre com saldos médios positivos), em Outubro de 2006 o saldo médio de imagem regressa a valores negativos, que se mantêm até Janeiro de 2007.

Ao longo deste último ano, o saldo de imagem tem apresentado algumas oscilações atingindo o valor mais elevado em Fevereiro (1.1%) e o mais baixo em Junho com -4.7% sendo esta última percentagem a mais baixa desde o início da legislatura.

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Analisando os ministros que compõem o Governo, desde Janeiro de 2007, observam-se algumas diferenças nos seus saldos de imagem.

Da totalidade dos ministros, e desde Janeiro de 2007, 47.1% destes obteve sempre saldos de imagem positivos, enquanto que 23.5% obtiveram um saldo de imagem sempre negativo. Houve ainda 29.4% de ministros que oscilaram nos últimos sete meses entre a avaliação positiva e a negativa.

Dos ministros com saldo positivo destaca-se António Costa, ministro de Estado e da Administração Interna em exercício até Maio de 2007. Este ministro alcançou em Maio o saldo de imagem mais elevado dos últimos sete meses, chegando a 16%.

Obtiveram também saldo sempre positivo entre Janeiro e Julho de 2007, Augusto Santos Silva (ministro dos Assuntos Parlamentares), Isabel Pires de Lima (ministra da Cultura), Luís Amado (ministro de Estado e Negócios Estrangeiros), Mariano Gago (ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), Nunes Correia (ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional), Nuno Severiano Teixeira (ministro da Defesa Nacional), Pedro Silva Pereira (ministro da Presidência) e Rui Pereira (ministro da Administração Interna desde Junho).

Dos ministros com saldo negativo, destaca-se António Correia de Campos, ministro da Saúde, que, com um saldo de -39.9% em Junho de 2007, atingiu a avaliação mais baixa de sempre.

Também com saldo negativo estão Jaime Lopes da Silva (ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural e Pescas), Maria de Lurdes Rodrigues (ministra da Educação) e Mário Lino (ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações).

Entre os ministros que oscilaram entre o saldo positivo e o negativo contam-se Fernando Teixeira dos Santos (ministro do Estado e das Finanças), o Primeiro-ministro José Sócrates e Alberto Costa (ministro da Justiça). Este último obteve saldo negativo, no período considerado, uma única vez, em Julho de 2007.

Oscilaram ainda entre o saldo positivo e o negativo, José Vieira da Silva (ministro do Trabalho e Solidariedade Social) e Manuel Pinho (ministro da Economia e Inovação), que apenas obtiveram saldo positivo uma vez (em Fevereiro e Janeiro, respectivamente).

O gráfico mostra o valor médio observado entre Janeiro e Julho de 2007.

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O saldo de imagem é obtido através do Barómetro Marktest/DN/TSF, que é realizado regularmente junto dos residentes no Continente com 18 e mais anos. Este saldo resulta da diferença entre as opiniões que classificam positivamente a actuação do ministro e as que a classificam negativamente, ponderada pelo peso das respostas expressas. Esta análise tomou como referência a média dos saldos de imagem dos ministros que compõem o governo. Contacte-nos para mais informações sobre este assunto.

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