Consumo de TV em Portugal
O estudo da Marktest Audimetria compara o primeiro semestre de 2000 e 2001, dado não ser legítimo fazer comparações com anos anteriores, pois em 2001, por recomendação da CAEM e com o consenso das televisões, foi implementado um novo critério para tratar as ausências prolongadas do lar, nomeadamente as férias. Este critério difere do anterior por considerar igual a zero a audiência desses lares, o que tem como efeito uma baixa no consumo de televisão (a implementação deste novo critério em 01/01/2001 resultou de uma recomendação da CAEM de Junho de 2000). A análise do quadro permite observar que existe uma ligeira variação do consumo de televisão entre o primeiro semestre de 2002 quando comparado com o primeiro semestre de 2001. Essa variação média é de 7 minutos num total de 195 minutos, ou seja, 3,6%. Esta variação não tem um grande significado e, na verdade, pode até não existir uma diminuição em 2002 mas antes um acréscimo excepcional em 2001, por razões ainda não apuradas. A variação de consumo não é uniforme em todos os targets, verificando-se um aumento em alguns deles e diminuição em outros. Os targets onde o consumo teve um maior decréscimo em 2002 são os seguintes:
Uma análise por períodos horários mostra que a variação não é uniforme ao longo do dia, existindo um aumento de consumo durante a manhã e uma diminuição em outros períodos, como por exemplo, a partir das 22:30h. Uma outra análise, comparando meses homólogos, mostra que também aqui não existiu um comportamento uniforme. Em Março de 2002 verificou-se uma diminuição de 9% mas, em Junho de 2002 houve um aumento de 1,7% (ver anexos). Estes elementos mostram também que a variação, por não ter um padrão de uniformidade, não estará ligada à estrutura ou comportamento do painel. Os Estudos Coincidentais periodicamente realizados, não revelaram uma menor colaboração por parte dos painelistas, razão pela qual não parecem ser factores intrínsecos ao painel a justificar as diferenças de consumo. A Marktest Audimetria admite como possíveis factores exteriores ao painel, situações que têm a ver com a meteorologia, que já foram comprovadas como produzindo aumentos ou diminuições do consumo. Isso verificou-se recentemente em França, e a mesma correlação já foi encontrada também em Portugal. Questões ligadas à própria programação e ao interesse dos espectadores pelos programas podem também contribuir para justificar picos ou decréscimos pontuais no consumo. Em termos de consumo televisivo, Portugal ocupa uma posição cimeira no contexto Europeu, no entanto, comparações internacionais têm de levar em conta hábitos diferenciados, como é o caso de Espanha onde a elevada audiência no período a seguir ao almoço é significativamente diferente da do resto dos países. |
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