Barclaycard anunciou que irá lançar um Cartão de Crédito em Portugal

A decisão da Barclaycard entrar no Mercado português reflecte o seu desejo de prosseguir com a sua expansão internacional. Portugal é uma escolha lógica de país, uma vez que o Barclays já tem uma presença na banca de retalho deste país, e os portugueses são utilizadores habituais de cartões de crédito. Todavia terão que assegurar que podem obter a escala necessária para operar com rentabilidade.

A Barclaycard anunciou no dia 19 de Janeiro que iria lançar a sua oferta de cartões de crédito em Portugal como parte da sua linha de expansão internacional. De acordo com a emissora, os seus cartões serão comercializados online, e via imprensa e publicidade directa. Irá também promover o cartão através do Barclays, que tem uma rede de agências relativamente bem estabelecida no país.

A emissora já estabeleceu operações europeias na Alemanha, França, Espanha, Itália e Grécia, pelo que não é surpresa que no futuro dê prioridade ao crescimento fora deste continente

O Mercado português é o próximo passo lógico. Portugal é o segundo mercado de cartões de crédito com maior crescimento na Europa, e os consumidores portugueses têm uma atitude favorável ao uso de cartões de crédito inovadores em detrimento de cartões de débito antiquados. Isto significa que a Barclaycard deve evitar problemas como os que o Egg teve com o cartão de crédito que lançou em França, causados em parte pela relutância dos franceses de “emprestar em plástico”.

Para ser bem sucedida, a Barclaycard terá que desafiar os quatro grandes emissores portugueses de cartões (BCP, Caixa Geral de Depósitos, BPI e BES) que controlam dois terços do mercado. A experiência no mercado local do Barclays juntamente com as provas já dadas pela Barclaycard em Gestão de Risco e Marketing deverão permitir-lhe desafiar os restantes intervenientes.
Contudo, com apenas 3 milhões de cartões “Pague Depois” emitidos, o mercado português é bastante mais pequeno do que os outros países europeus onde a Barclaycard opera. Poderá portanto lutar para atingir a escala necessária para gerir uma operação de cartões de modo rentável e irá provavelmente ter que aproveitar o negócio espanhol já instalado para apoio de backoffice e processamento de dados.


Esta notícia foi publicada no site da Datamonitor a 21 de Janeiro de 2004.

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