Num estudo realizado pelo Observatório da Publicidade em cooperação com o Instituto do Consumidor para o período de 15 de Outubro a 31 de Dezembro de 2001, foram identificadas 65 infracções ao Código da Publicidade em 56 mensagens publicitárias de um total de 326 analisadas.

O estudo, da responsabilidade de Francisco Costa Pereira e Jorge Veríssimo, teve como objectivo identificar possíveis infracções ao Código da Publicidade, bem como analisar as tendências discursivas e sociais da publicidade. Analisaram-se os meios TV, rádio, imprensa, publicidade exterior e Internet, a nível nacional, não tendo sido considerados os meios de comunicação regionais e a publicidade em salas de cinema.

Para os tipos de anúncios identificados no quadro que reproduzimos, foram seleccionadas 56 mensagens publicitárias, nas quais se observaram 65 infracções ao Código da Publicidade, de que resultou a instauração de 7 processos de contra-ordenação e a identificação de 8 mensagens cujo teor desrespeita o Acordo de Princípios Recomendados pelo Instituto do Consumidor e pelo ICAP, no âmbito da publicidade a serviços financeiros.

O sector da Comunicação Comercial/Patrocínios foi o que apresentou maior número de infracções, seguido das Telecomunicações e Produtos Financeiros, que, no conjunto, representam 71% do total de infracções assinaladas.

Já no que diz respeito aos conteúdos veiculados por estas mensagens publicitárias, a maior parte apresenta personagens com características da classe social C1, as encenações referem-se a actividades de lazer e convívio, denotando, em termos de estilos de vida, os integrados na sociedade, com as personagens a movimentarem-se em espaços essencialmente urbanos.