O "poder" das marcas
Grupo Marktest,  28 outubro 2004

placeholderplaceholderDe acordo com um estudo do Baylor College of Medicine de Houston, EUA, citado pelo jornal online adlatina.com, as marcas produzem uma actividade específica no cérebro.

A preferência por Coca-Cola ou Pepsi não está unicamente relacionada com questões de sabor. O facto de se saber que bebida se está a consumir parece influenciar muito as preferências, revelam os dados deste estudo. Saber o nome da marca parece provocar tipos de actividade cerebral diferentes do que quando a marca não é conhecida. Os investigadores avançam então com a hipótese de que o conhecimento da marca afecta o cérebro.

Um dos autores do estudo, P. Read Montague, afirma "as influências culturais nas nossas preferências por comidas e bebidas estão agora entrelaçadas con os elementos biológicos". Estas deduções provêem dos resultados de diferentes testes aplicados a uma amostra de 67 indivíduos, que consistiam em beber Coca-Cola ou Pepsi em diferentes condições (copos sem marca, copos com uma das marcas apenas), sendo-lhes pedido que identificassem as suas preferências ao mesmo tempo que a actividade dos seus cérebros era monitorizada.

Embora estas duas marcas de refrigerantes com sabor a cola sejam muito semelhantes do ponto de vista físico e químico, muitos preferem notoriamente uma sobre a outra. Os testes realizados procuraram conhecer o que determina essas preferências.

No primeiro teste, os participantes beberam Coca-Cola e Pepsi em copos sem nenhuma identificação, tendo-lhes sido pedido que escolhessem a que preferiam. Quase o mesmo número de pessoas escolheu uma ou outra marca ou não manifestaram qualquer preferência.

Noutro teste, os dois copos continham a mesma bebida, mas um dos copos tinha uma etiqueta identificativa da marca. Nesta situação, os participantes disseram que preferiam fortemente o copo com marca, quando na realidade ambos os copos continham Coca-Cola. A monitorização do cérebro também mostrou diferentes tipos de actividade relativamente à que tiveram quando haviam bebido esta marca sem ela estar identificada.

Esta inclinação para o copo com a marca impressa não se produziu quando ambas continham Pepsi Cola, tal como também não se registaram alterações cerebrais.

Os investigadores concluem que "tudo sugere que dois diferentes sistemas cerebrais - um baseado nas papilas gustativas e o outro no condicionamento cultural - ajudam a determinar as nossas preferências por comidas e bebidas".

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