Estamos preparados para o digital?
Grupo Marktest,  3 maio 2005

placeholderA The Economist Intelligence Unit e o IBM Institute for Business Value divulgaram recentemente o seu relatório sobre o ranking de e-readiness. A Dinamarca lidera e Portugal, que desce um lugar face a 2004, ocupa a 25ª posição.

Este relatório é o sexto publicado pela The Economist Intelligence Unit. Segundo os autores, "talvez pela primeira vez desde que a 'bolha' da tecnologia estourou, a economia global está a começar a sentir-se confortável numa pele digital. Os gastos em tecnologias de informação e comunicação estão novamente a aumentar sobretudo em alguns mercados desenvolvidos".

No conjunto dos 65 territórios analisados em 2005 pela The Economist Intelligence Unit face ao e-readiness, Portugal ocupa a 25ª posição, com um índice de 6.9 (máximo: 10). Relativamente ao ano anterior, o nosso país cai uma posição, observando igualmente uma diminuição do seu índice - que baixa dos 7.01 que havia obtido em 2004. Estas diferenças podem, no entanto, estar relacionadas com mudanças metodológicas implementadas em 2005 na construção deste índice.

A tabela é liderada pela Dinamarca que obtém um índice de "preparação para o digital" de 8.74. A Europa tem uma presença forte neste ranking, como o demonstra o mapa que apresentamos. Na lista dos 10 mais, 7 são europeus.

O segundo posto no ranking do e-readiness é ocupado pelos Estados-Unidos que, após uma quebra em 2004, sobem este ano da 6ª posição, com um índice de 8.73.

Os três lugares seguintes são ocupados por países da Europa do Norte: Suécia (que se mantém face ao ano anterior), Suiça (que sobe 6 posições) e Reino Unido (que desce da segunda posição em 2004). Hong Kong está na sexta posição (subindo três lugares) e nas três posições seguintes, mais três países do Norte da Europa: Finlândia, Holanda e Noruega. Austrália completa a lista dos 10 territórios melhor preparados para a era do digital e da internet.

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O modelo de construção deste índice considera cerca de 100 indicadores quantitativos e qualitativos, organizados em seis categorias, a que se atribuem diferentes factores de ponderação:

  • Conectividade e infraestrutura tecnológica (penetração de internet, banda larga, telecomunicações, etc...);
  • Clima económico (saúde da economia, estabilidade política, impostos, regulamentos, política de concorrência, mercado de trabalho, etc...);
  • Adopção de práticas de e-business (percentagem da despesa pública em tecnologias de informação e comunicações no PIB, nível de desenvolvimento do e-business, grau de ecommerce...);
  • Meio ambiente legal e político (política face à propriedade privada, visão governamental face aos avanços da era digital, financiamento público de projectos de infraestruturas de internet...);
  • Meio ambiente social e cultural (educação, literacia, literacia digital)
  • Serviços electrónicos de apoio (disponibilidade de consultadoria em e-business, disponibilidade de apoio em backoffice, standards da indústria em plataformas e linguagens de programação).

É ao nível dos serviços electrónicos de apoio que Portugal se encontra melhor preparado, já que obtém um índice de 8.25 (24ª posição), mas aquele em que consegue uma posição mais favorável é o que diz respeito ao meio ambiente legal e político, onde ocupa a 19ª posição, com um índice de 8.04.

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